Na última segunda-feira (4), dirigentes do Sinsem-GV realizaram uma visita ao SAME (Serviço de Arquivo Médico e Estatística) para apurar denúncias sobre as condições de trabalho no setor, que armazena prontuários de pacientes do Hospital Municipal e da Policlínica de Governador Valadares. A situação encontrada foi de total descaso, expondo servidores a um ambiente inadequado e insalubre.
A presidente do Sinsem, Sandra Perpétuo, acompanhada pela diretora Cristiane Lima, constatou problemas críticos: o calor excessivo no ambiente fechado, sem ventilação adequada, sem equipamento de ar-condicionado, torna o local insustentável para os servidores. Além disso, a falta de espaço adequado para os arquivos levou ao acúmulo de prontuários no chão, um risco alarmante em caso de enchentes, uma vez que o setor está localizado em área de vulnerabilidade a inundações.
Outro problema grave verificado foi a ausência de extintores de incêndio no local, expondo não apenas os servidores, mas também os prontuários dos pacientes a um risco adicional. Em caso de incêndio, a falta desse equipamento essencial compromete a segurança dos trabalhadores e eleva o risco de perda irreparável dos registros médicos, que são fundamentais para o histórico de atendimento dos pacientes de Valadares e região.
A infraestrutura deficiente também prejudica a preservação dos documentos, que podem ser danificados ou até perdidos. Durante a inspeção, foi verificada ainda a escassez de materiais fundamentais para a organização dos arquivos, como prateleiras e caixas box, o que dificulta ainda mais o serviço dos funcionários.
Sandra Perpétuo afirmou que o Sinsem irá formalizar uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e intensificará a cobrança ao Executivo para garantir condições dignas de trabalho e a proteção adequada dos prontuários. “É inadmissível que os servidores estejam submetidos a um ambiente desgastante e inseguro, sem falar no descaso com documentos que precisam ser cuidados e preservados”, declarou a presidente.
O sindicato pretende manter a fiscalização e pressionar por soluções urgentes para que a infraestrutura do SAME seja reformada e os direitos dos trabalhadores respeitados, promovendo um ambiente seguro para todos.