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Sinsem denuncia precariedade no CAPS AD e falta de assistência a usuários e familiares

Os diretores do Sinsem-GV, Cristiane Esteves Lima e José Carlos Maia, compareceram, nesta segunda-feira (1), ao Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-Ad III) e constataram uma situação alarmante. Familiares e usuários do serviço denunciaram a suspensão da internação devido à falta de alimentação e de estrutura mínima para funcionamento do local, agravando a vulnerabilidade dos pacientes que dependem do acompanhamento para manter a estabilidade emocional e social.

Essas denúncias não são novas. No ano passado, o Sinsem já havia levado o caso ao Ministério Público, cobrando providências para que a Prefeitura regularizasse o fornecimento dos itens essenciais para o funcionamento do Caps. Entretanto, até o momento, nenhuma solução foi implementada, e a situação só piorou. Além da falta de alimentação, o prédio que abriga o Caps-Ad III, na rua Ribeiro Junqueira, no Centro, continua em péssimas condições, colocando em risco tanto os trabalhadores quanto os usuários.

O descaso do atual governo é alarmante e constrangedor: o município dispõe de verba em conta para a construção de um prédio próprio destinado ao atendimento psicossocial, com recursos assegurados tanto pelo governo federal quanto pelo estadual. Além disso, o Ministério da Saúde repassa mensalmente cerca de R$ 130 mil para o custeio dessas ações. A pergunta que não quer calar é: onde estão esses recursos? Por que, mesmo com o dinheiro em caixa, a população continua sem o serviço adequado?

Soluções imediatas

Cristiane Esteves, em nome do sindicato, anunciou que novas medidas serão tomadas para pressionar o município a realizar a manutenção urgente no local e garantir que o serviço volte a funcionar de forma adequada. “O Caps-Ad III desempenha um papel fundamental no tratamento de pessoas com dependência de álcool e drogas. A interrupção dos atendimentos e a falta de condições mínimas de trabalho comprometem não só a saúde dos usuários, mas também a estrutura familiar dessas pessoas”, afirmou a diretora, que é psicóloga do município.

Segundo ela, a falta de acompanhamento especializado no Caps já começa a gerar impactos visíveis. Com a suspensão parcial ou total dos serviços, os usuários, que já vivem em situação de vulnerabilidade, estão mais expostos à instabilidade emocional e recaídas. As famílias, que dependem desse suporte para ajudar no tratamento de seus entes queridos, agora se encontram desamparadas, enfrentando ainda mais dificuldades para lidar com as crises decorrentes da dependência química.

O Sinsem reforça que a negligência com o Caps-Ad III não só compromete o cuidado aos pacientes, mas também reflete o descaso do município com a saúde mental e a assistência social. “Os servidores que trabalham na unidade estão indignados e adoecidos com o descaso da atual gestão. Vamos cobrar soluções imediatas, porque a situação não pode continuar assim”, garantiu Cristiane.

A diretoria do sindicato já planeja acionar novamente o Ministério Público e outras instâncias legais para pressionar as autoridades municipais a tomarem providências concretas.

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