A presidente do Sinsem-GV, Sandra Perpétuo, participou, nesta sexta-feira (6), na Câmara Municipal de Ipatinga, do ato em memória do Massacre de Ipatinga, promovido pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A diretora de Formação e Relações Sindicais do Sinsem, Márcia Lopes, também participou do evento.
O massacre se deu em 1963 e teve oficialmente oito mortos e mais de 80 feridos. O fato consistiu em um atrito entre a diretoria da Usiminas e funcionários, revoltados com as más condições de trabalho e a humilhação que sofriam ao serem revistados antes de entrar e sair da empresa para sua jornada de trabalho.
Em sua fala, Sandra Perpétuo disse que “esse momento histórico nos faz repensar a luta dos trabalhadores e nos lembra que esse massacre continua acontecendo todos os dias, de outras formas, silenciando a luta de todos”.
A sindicalista ressaltou que a atual gestão do município de Governador Valadares seria um exemplo da permanência da precarização dos direitos dos servidores. “É a cidade que não paga o piso do magistério, que não paga o piso dos agentes de endemias, que não paga o piso dos agentes comunitários de saúde, que não senta para discutir com o sindicato o piso da enfermagem. É uma administração reflexo do governo bolsonarista, que vem retirando direitos, sucateando o plano de carreira dos servidores, quebrando a previdência municipal e plano médico da categoria, sucateando o Hospital Municipal, deixando unidades de saúde e o próprio hospital sem insumos básicos necessários para o atendimento”, pontuou.
Ela ainda destacou a pretensão do governo de privatizar o Saae de Valadares. É uma autarquia com 71 anos de história, altamente lucrativa, que está para ser entregue a grupos privados para uma concessão de 30 anos. “O pregão está previsto para dia 27 de outubro e, se depender do empenho do sindicato, não vai haver concessão. Vamos lutar, resistir. Esse o nosso compromisso com os servidores de Valadares”, concluiu.