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Salário do servidor já vale menos 4,29% e poderia ser pior sem a luta da categoria e sindicato

 

O servidor público municipal de Governador Valadares recebeu, neste mês de maio, o vencimento com o reajuste salarial de 10,06% do IPCA 2021, mas já está com o poder de compra reduzido em 4,29%, que foi a inflação acumulada entre janeiro e abril de 2022, segundo o IBGE.

Além de não ter conseguido, junto ao governo André Merlo (PSDB), nenhum ganho real, parte significativa de seu salário foi pela escalada inflacionária que atinge em especial os preços dos alimentos. Mas as perdas não param por aí: some-se a isso o reajuste no Plano de Assistência Médica (PAM) de 25% para servidores ativos e 12,5% para aposentados e pensionistas.

O PL 34/2022 já está na Câmara Municipal para ser votado e prevê ainda um reajuste de 375% na contribuição mensal por dependente inscrito no PAM, passando o valor dos atuais R$ 16,25 para R$ 60.

A situação só não é ainda pior devido às manifestações e lutas dos servidores, junto com o Sinsem-GV, que levaram o prefeito a recuar e rever a decisão de não conceder reajuste salarial este ano ou ofertar um índice bem abaixo da inflação.

Reajuste zero

Em fevereiro deste ano, na primeira reunião do Executivo com a diretoria do Sinsem-GV, a proposta do secretário de Governo foi de zero por cento, sob o argumento de que o Instituto de Previdência Municipal (Iprem-GV) não teria condições de arcar com acréscimos na folha de pagamento dos aposentados.

A decisão do governo levou o Sindicato a convocar assembleia geral para que os servidores decidissem o que seria feito para garantir a campanha salarial defendida pela categoria. Foram aprovados o estado de greve e a realização de atos e manifestações em frente à prefeitura.

Em março, cerca de 500 servidores se reuniram em frente a Prefeitura para defender pautas como reajuste salarial de 17% (correção inflacionária 2020 e 2021 + ganho real), pagamento do piso nacional dos professores e nomeação dos concursados. Em passeata nas ruas, a manifestação ganhou o apoio da população.

No mesmo mês, o Executivo anunciou o percentual de 10,06% para todos os servidores, incluindo equivocadamente os professores do magistério – cujo piso teria que ter reajuste de 33,24%. A categoria recusou a proposta e, no dia 1º de abril, realizou novo ato público pedindo a elevação do índice e cobrando dos vereadores apresentação de emendas ao projeto do governo.

Avesso às reivindicações dos servidores, a bancada de apoio ao prefeito aprovou, no dia 8 de abril, o PL que previa apenas a recomposição inflacionária de 10,06% para todos os funcionários do município – e sem nenhum ganho real.

“Saímos de zero para 10,06%, não era esse o desejo dos servidores nem do sindicato, mas conseguimos garantir um prejuízo menor aos salários já defasados da categoria. O ideal, como defendíamos, seria o reajuste de 17%, que incluía um ganho real, para evitar perdas significativas nos salários dos servidores. Veja que nos primeiros quatro meses a inflação foi de 4,29%, e a continuar assim, o trabalhador municipal poderá chegar ao final do ano recebendo menos do que recebia em dezembro de 2021”, frisa a presidente do Sinsem-GV, Sandra Perpétuo.

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