Dirigentes do Sinsem-GV decidiram que a partir de hoje (14) iriam “bater ponto” na sala de espera dos gabinetes de secretários municipais e até do prefeito de Governador Valadares, André Merlo (PSDB), na expectativa de obter uma resposta do governo sobre a data da nova reunião para retomar as negociações da campanha salarial 2022.
E foi o que fizeram, na tarde desta segunda-feira (14). Após algum tempo aguardando na Secretaria Municipal de Governo, os dirigentes foram encaminhados para a sala do secretário Adjunto, de quem cobraram uma definição da data. “Não dá pra dizer para o servidor que será nos próximos dias”, argumentou o diretor Marcelo Cardozo.
A iniciativa se deu por conta da administração adiar, por duas vezes, o encontro com os representantes do funcionalismo público municipal para discutir a pauta de reivindicações aprovada em assembleia geral. As principais demandas tratam do reajuste salarial de 17% e o pagamento do piso nacional do magistério, mas ao todo são 19 itens.
Ao deixarem a Secretaria, a presidente do Sinsem, Sandra Perpétuo, reforçou que os membros da diretoria iriam permanecer ocupando espaço nas salas de espera das secretarias “todos os dias, durante a tarde, até que o governo agende a reunião”.
E não deu outra. Ao chegar no sindicato, recebeu um telefonema da Secretaria de Governo agendando a reunião para o próximo dia 22, às 15h30.
Pauta
A data-base da categoria é o dia 1º de janeiro de cada ano, porém, a primeira reunião só se deu no dia 27 de janeiro, embora a pauta tivesse sido encaminhada ao Executivo no início de novembro do ano passado. A próxima estava marcada para 1º de fevereiro, mas não aconteceu.
“A primeira reunião desse ano seria no dia 14 de janeiro, mas foi adiada por conta das cheias, entendemos e explicamos a situação para os servidores. Então nos reunimos pela primeira vez no dia 27 e ficou agendado um novo encontro no dia primeiro de fevereiro, mas novamente foi adiado, sob a justificativa de alguns servidores terem contraído a covid. De lá para cá temos tentado, insistentemente, ter uma resposta do governo sobre uma nova data, mas sequer temos tido retorno”, critica a presidente Sandra Perpétuo.
Ela explicou ao secretário Adjunto que o sindicato recebe diariamente demandas de servidores de vários setores do município, e frisou que o diálogo com o governo é essencial para tratar dos diversos encaminhamentos, “como por exemplo, a questão de pessoas que estão ocupando vagas dos candidatos aprovados no concurso público nesse processo de designação; precisamos dar uma resposta e isso depende do governo”, cobrou.
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