“A situação das escolas municipais que atendem crianças de zero a três anos é de caos”, critica a presidenta do Sinsem-GV, Sandra Perpétuo. Na manhã desta terça-feira hoje (8), ela e o diretor do Sindicato, Marcelo Cardoso, percorreram quatro unidades escolares na região da Ibituruna, e ficaram preocupados com o número insuficiente de professores e monitores frente à grande quantidade de alunos.
“Os professores estão se desdobrando para atender duas turmas de uma vez, com um grande número de crianças nas salas A ausência de monitores é gritante e há escolas que deveriam ter 12 monitores e estão com apenas quatro. Crianças com deficiência também estão sendo prejudicadas, pois em algumas escolas ainda não chegaram profissionais que atuam na educação especial. O quadro é preocupante”, destaca Marcelo Cardoso.
O Sindicato já havia recebido reclamações de diversos servidores e, na última quinta-feira (3), encaminhou ofício à Secretaria Municipal de Educação (Smed) cobrando que o número de professores e monitores nas escolas respeitasse a Resolução n° 04/2021, que define o quantitativo de profissionais conforme o número de turmas e a idade dos alunos.
“Entendemos que nesses primeiros dias de aula está sendo apurada a quantidade de crianças que deve frequentar as escolas, antes da Smed contratar os profissionais, mas estamos falando de uma margem de erro muito grande. Com isso, sofrem as crianças, e sofrem também os professores e os poucos monitores que ali estão, pois eles têm que se multiplicar para assegurar os cuidados com as crianças. E sabemos que as de zero a três anos requerem cuidado e atenção especiais”, frisa Sandra Perpétuo.
A presidenta do Sinsem, que é pedagoga analista na rede pública municipal, também ressalta que o processo de acolhimento nos primeiros dias da criança na escola é sério e tem que ser cuidadosamente preparado. “Esses professores estão nessa luta desde quarta-feira passada, primeiro dia de aula, e a Secretaria só vai abrir edital daqui a dois dias, ou seja, só a partir de sexta mais profissionais começam a chegar nas escolas. Essa é uma circunstância que exige total empenho da Smed”, enfatiza.
Denúncia
Na parte da tarde, os sindicalistas Sandra Perpétuo e Marcelo Cardoso se reuniram com a secretária Adjunta de Educação para tratar de demandas dos servidores, entre elas a deficiência no quadro de pessoal das escolas da rede municipal de ensino. A Smed confirmou que vai abrir edital para contratação de mais profissionais nesta quinta-feira (10).
O Sindicato também apresentou denúncia de suposta existência de pessoas que teriam sido designadas sem concorrer no edital aberto pela Smed, além de outras que teriam sido reconduzidas sem terem sido aprovadas no concurso público. “Sobre essa questão ainda estamos aguardando o pronunciamento do secretário municipal de educação. Cobramos também uma data para a nomeação de todos os aprovados no certame em 2020”, explica Sandra Perpétuo.
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Lamentável situação.